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Venda de sentenças no TJSP quase libertou aliado do PCC e do CV, diz Polícia Federal

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A Polícia Federal (PF) está investigando um esquema de comercialização de decisões judiciais no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), o que quase resultou na libertação de um traficante detido desde 2019 e que  possui ligações com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV). Diário do Poder mostrou que um posto de combustível localizado no centro de São Paulo foi utilizado para lavar dinheiro proveniente da venda de decisões judiciais do desembargador Ivo de Almeida.

Romilton Queiroz Hosi, apelidado de Comandante Johnnie, acertou um suborno de R$ 1 milhão com o desembargador Ivo de Almeida, integrante da 1ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). A Operação Churrascada, desencadeada na sexta-feira, dia 21, levou ao afastamento do juiz.

Conforme informações da Polícia Federal, o traficante tem parceria com Minotauro, do Primeiro Comando da Capital (PCC), e Fernandinho Beira-Mar, do Comando Vermelho (CV). Segundo as investigações da polícia e o relatório do Ministério Público Federal (MPF), “ao desembargador Ivo de Almeida, através de Wilson Vital de Menezes Junior, foi oferecida a quantia de R$ 1 milhão. OS ELEMENTOS COLHIDOS NO CURSO DA INVESTIGAÇÃO APONTAM A CONCRETA PERICULOSIDADE DOS AGENTES, ENTENDIDA COMO O RISCO CONCRETO DE REITERAÇÃO DELITIVA PELOS INVESTIGADOS”, registra documento assinado pelo subprocurador, Carlos Frederico dos Santos.

O documento completa:  “INCLUSIVE, QUANTO A ROMILTON QUEIROZ HOSI, HÁ INDÍCIOS DE QUE JÁ TENHA COMPRADO FUGA DO SISTEMA PRISIONAL”.

O plano era que um recurso da defesa do Comandante Johnnie fosse aceito no TJSP, durante um plantão do magistrado. Este deveria relaxar a prisão para Johnnie e determinar a transferência dele para uma cadeia em Cuiabá, de onde efetuaria a fuga.

Romilton Queiroz Hosi foi condenado a quase 40 anos de prisão por tráfico internacional de cocaína. Ele foi um dos maiores pilotos do narcotráfico mundial, com fortes conexões com barões da droga. Além da PF, polícias dos Estados Unidos, Inglaterra e Paraguai o caçavam.

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