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Puccinelli foi o melhor prefeito das últimas décadas em Campo Grande, diz eleitores

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Com 61 votos, 40.66% de um total de 150 registrados na Enquete da Semana anterior encerrada neste domingo no Blog, o governador André Puccinelli (PMDB) venceu a consulta que perguntava aos leitores & leitoras “Qual o melhor prefeito de Campo Grande de 1990 para até hoje?”. Em segundo lugar ficou Marquinhos Trad (PSD), com 36 votos (24%). Em terceiro, empataram Juvêncio da Fonseca e o atual prefeito Nelsinho Trad (ambos do PMDB) com 19 votos cada (12.66%) e Ludio Coelho (10%). Vale sempre frisar que as enquetes semanais do Blog não têm caráter científico e visam só a opinião e participação do(a)s leitore(a)s!

 André Puccinelli nasceu em Villaregio, nas proximidades de Parma, na Itália, no dia 2 de julho de 1948, filho de Carlo Puccinelli e de Giuseppa Fiaschi Puccinelli

Transferiu-se para o Brasil com a família em 1953, fixando-se no início em Porto Alegre (RS) e posteriormente em Curitiba (PR). Em 1966, iniciou o curso de medicina da Universidade Federal do Paraná, diplomando-se em 1971. No ano seguinte fez residência médica no Hospital de Clínicas da capital paranaense. Em 1973 transferiu-se para Fátima do Sul (MS), então no antigo estado do Mato Grosso, tornando-se médico do Hospital Nossa Senhora de Fátima, nessa cidade.

Em outubro de 1977 foi sancionada a lei que dividiu em dois o estado de Mato Grosso. Surgiria assim, a partir de janeiro de 1979, o estado de Mato Grosso do Sul, tendo Campo Grande como capital e um governador nomeado. Nesse mesmo ano, Puccinelli filiou-se ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido de oposição ao regime militar instalado no país em abril de 1964.

Com a extinção do bipartidarismo em 29 de novembro de 1979 e a consequente reformulação partidária, ingressou no Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Em 1981 passou a presidente do diretório do partido em Fátima do Sul, cargo no qual permaneceria até 1986.

Secretário de Saúde do Mato Grosso do Sul em 1983 e 1984, no governo de Wilson Martins (1983-1986), e secretário-geral do diretório regional do PMDB em Mato Grosso do Sul a partir de 1986, foi eleito deputado estadual constituinte em novembro desse ano. Assumiu uma cadeira na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul em fevereiro de 1987.

Em 1990, filiou-se ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e reelegeu-se deputado estadual em outubro desse ano. Iniciou o seu segundo mandato de deputado estadual em fevereiro de 1991. Durante esse ano foi membro da comissão especial para alocar recursos junto ao Ministério da Saúde, vice-presidente da comissão especial de divisão territorial e presidente da comissão especial de acompanhamento dos trabalhos junto à usina hidrelétrica Porto Primavera. Em 1992 voltou a participar da comissão de divisão territorial como membro efetivo. Nesse mesmo ano, saiu do PSDB e retornou ao PMDB e, como integrante dessa legenda, foi titular das comissões de Finanças e Orçamento e de Desenvolvimento Econômico, vice-presidente da Comissão de Meio Ambiente e presidente da Comissão de Saúde e Promoção Social. Ainda em 1992 tornou-se secretário executivo do diretório regional do PMDB.

Durante o ano de 1993 foi membro das comissões especiais de instituição do Código de Proteção ao Meio Ambiente e de representação do Comitê de Ação de Cidadania contra a Fome e a Miséria e pela Vida. Voltou a participar das comissões de Saúde e Promoção Social e de Finanças e Orçamento. No ano de 1994 integrou as comissões de Trabalho, Cidadania e Direitos Humanos, de Saúde e de Meio Ambiente, além de ter participado de comissão especial constituída para acompanhar os trabalhos da usina hidrelétrica de Porto Primavera.

No pleito de novembro de 1994 foi eleito deputado federal pelo Mato Grosso do Sul, na legenda do PMDB, tendo sido o mais votado do estado com 65.091 votos. Empossado em fevereiro do ano seguinte, passou a integrar a Comissão de Agricultura e Política Rural na Câmara dos Deputados.

Durante a votação das emendas constitucionais enviadas ao Congresso Nacional pelo Executivo federal, acompanhou a orientação da base parlamentar governista, votando a favor da abolição do monopólio estatal na exploração do petróleo. Também foi favorável à abertura da navegação de cabotagem às embarcações estrangeiras e ao fim de todas as diferenças jurídicas entre as empresas de capital nacional e aquelas de outros países. Manifestou-se contra o fim do monopólio dos governos estaduais na distribuição do gás canalizado. Absteve-se na votação da abolição do monopólio estatal nas telecomunicações. Em 1996 foi relator da comissão especial responsável pelo exame do projeto de emenda constitucional que criava a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).

Candidato à prefeitura de Campo Grande na legenda do PMDB, nas eleições de outubro de 1996, derrotou o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) José Orcírio Miranda dos Santos — conhecido por Zeca do PT e que seria eleito governador do estado em 1998 — no segundo turno, realizado em 15 de novembro, por uma diferença de 411 votos. O resultado foi contestado na Justiça Eleitoral pelo PT, sob a acusação de que Puccinelli teria praticado fraude eleitoral. A denúncia não teve nenhum desdobramento prático e em 1º de janeiro de 1997 Puccinelli foi empossado na prefeitura. Sua vaga na Câmara dos Deputados foi ocupada pelo suplente Marçal Filho.

Três meses depois de assumir a administração municipal, Puccinelli sancionou uma lei que concedeu, mediante licitação, a terceirização do uso e prestação de serviços dos cemitérios públicos da cidade. Em maio autorizou a criação do Conselho Municipal do Idoso (CMI), órgão instituído para auxiliar o poder público na orientação e interpretação de assuntos relativos à 3ª idade. Em julho sancionou a lei que permitiu ao servidor público municipal receber 33,33% do valor de seu pagamento mensal até o início de seu período de férias. No mês de novembro autorizou a criação do 2º Conselho Tutelar de Campo Grande e também permitiu a licitação de áreas públicas para a construção de um autódromo internacional no município e em seu entorno postos de combustíveis, lojas de conveniências, agências bancárias e lojas de fast food. Em dezembro sancionou a lei que estabeleceu a criação do Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério.

Em 1998 permitiu a criação da taxa de licença ambiental a ser cobrada a pessoas físicas ou jurídicas que desenvolvessem atividades poluidoras ou capazes de causar danos ao meio ambiente no município. Também autorizou a modificação de dispositivos da lei complementar que influenciava diretamente aos professores da rede municipal de ensino. A lei afetada com a ratificação tratava da instituição do plano de carreira e remuneração do magistério.

No ano seguinte, Puccinelli sancionou uma lei que dispunha de alguns assuntos de interesse dos profissionais da saúde, como a caracterização do “plantão eventual”, a definição de sua carga horária e a remuneração pelos serviços prestados.

Em 2000 autorizou a contratação temporária de médicos plantonistas no município a fim de suprir a carência destes profissionais nos pólos de saúde e, assim, não faltar com a assistência necessária à população. No mês de outubro, disputou novamente a prefeitura de Campo Grande pela legenda do PMDB. Contando com a divulgação dos benefícios feitos no município em sua primeira gestão, foi reeleito em outubro daquele ano com 223.312 votos. Foi novamente empossado na prefeitura em janeiro de 2001.

Em seu segundo mandato como prefeito inaugurou a Unidade Descentralizada de Assistência Social (Unidas) em São Conrado; realizou obras de canalização e urbanização nas margens do córrego Bandeira; revitalizou as praças de Vila Planalto, Vila Independência, Jardim Nova Ipanema e Vila Margarida; inaugurou um Centro Comunitário em Jardim Paulo Coelho Machado; e construiu campos de futebol nos bairros de Santa Emília, Jardim Pênfigo, Zé Pereira, Jardim Centenário, Conjunto Residencial Buriti, Interpraia e São Conrado. Ainda permitiu ao município a participação no Programa de Melhoramentos Comunitários, o Pró-Comunidade, promovido pela Caixa Econômica Federal e que tinha por objetivo a realização de obras que possibilitassem uma melhor qualidade de vida à população.

Nas eleições de outubro de 2006 candidatou-se ao governo do estado de Mato Grosso do Sul pela legenda do PMDB. Seu principal adversário nas urnas foi o senador Delcídio Amaral (PT), conhecido no estado por sua atuação na CPI dos Correios. Entretanto, conseguiu se eleger com 726.806 votos, assumindo seu novo mandato em janeiro do ano seguinte.

Uma de suas primeiras medidas como governador foi suspender o programa social de assistência a algumas famílias carentes que havia sido implantado no estado por seu antecessor Zeca do PT. Alegando crise financeira e suspeita de fraudes, Puccinelli suspendeu o benefício – R$ 100,00 ou cestas básicas contendo 32 Kg. de alimentos – até que todas as pessoas fossem recadastradas.

Em setembro de 2008, então, lançou o programa Vale Renda, forma de remuneração mensal a famílias carentes no estado. Este programa de assistência também foi implantado nas aldeias sob o título de Vale Renda Indígena, uma iniciativa de combate à fome nas tribos. Para as aldeias localizadas perto das cidades, determinou-se a entrega do vale em dinheiro. Já para as localizadas no interior, ficou decidido que seriam distribuídas cestas básicas com a ajuda da Fundação Nacional de Saúde.

Durante sua gestão, ainda concedeu recursos para a reforma dos hospitais regionais de Coxim, Chapadão do Sul, Nova Andradina e Fátima do Sul. Também desenvolveu o programa Territórios da Cidadania, uma iniciativa do governo federal com o estado de Mato Grosso do Sul para promover melhorias nas regiões mais precárias. Para os jovens, implantou o Vale Universidade, destinado aos que não possuíam condições financeiras para ingressar em um curso de nível superior. A partir deste programa, o universitário teria até 50% de bolsa e o direito de realizar estágio nos órgãos ligados ao governo estadual. 

Em setembro de 2009, durante um encontro com empresários, Puccinelli fez algumas declarações que acabaram ofendendo o ministro do Meio Ambiente Carlos Minc e virando notícia na mídia. Depois do veto de Minc ao cultivo de cana-de-açúcar na bacia do Alto Paraguai, o que contrariava um projeto do governo estadual que permitia a lavoura açucareira nesta região, Puccinelli declarou que o ministro era “veado e fumador de maconha”, uma referência à defesa da descriminalização dessa droga feita por Minc em um show de reggae ocorrido no princípio do mês na Chapada dos Veadeiros, em Goiás. No final, o ministro rebateu as acusações e Puccinelli pediu desculpas publicamente.

Ao longo de sua vida, tornou-se produtor rural no setor agropecuário.

Casou-se com Elizabeth Maria Machado Puccinelli, com quem teve três filhos.

 

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