Prefeita de Sidrolândia acusada de nepotismo é chamada de ‘galinha choca’ pelo presidente do hospital da cidade
A prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo (PP) usou as redes sociais nesta terça-feira (5) para rebater as acusações feitas pelo presidente do hospital da cidade, Jacob Breure, no qual chama a chefe do executivo municipal de ‘galinha choca’.
Em um vídeo vazado, Breure critica a política exercida na cidade do interior e que a maioria que estão ali, estariam para fazer marketing da prefeitura e trabalhando pouco. A bronca sobrou até para os vereadores da cidade e poucos se safaram.
No áudio é possível perceber que o presidente do hospital cita alguns nomes e diz que “são as únicas pessoas que estão fazendo o bem pela cidade”. É nesse momento que ele ataca a prefeita da cidade dizendo que “o resto dos vereadores, com o perdão da palavra, estão embaixo da asa da galinha choca”.
Nas redes sociais, Vanda explicou que não é de hoje que os ataques estão sendo direcionados até ela e com uso de termos pejorativos.
Porém, ela escreveu que em outras ocasiões, houve ameaça e até tentativa de ferir a imagem da política. “Deveria me calar, até porque a sua característica agressiva já é de conhecimento em todo estado. Mas recebi tantas mensagens de apoio e carinho, que vir a público me manifestar é uma forma nobre de agradecer todo o carinho que recebo quando ataques desse tipo vem a tona”, disse.
Referente ao reino animal, já que teria sido usado um termo pejorativo de animal para defini-lá, a prefeita relatou que “já que seu forte é o reino animal, vou sugerir que no próximo me chame de formiga”.
“Formiga é aquela que parece frágil mas aguenta peso por longa distância e os obstáculos não as impedem porque seu foco, determinação e criatividade são maiores. De vaca a galinha, prefiro mesmo continuar sendo formiga. Fico me perguntando, onde está o problema? Talvez o problema esteja em ser mulher, solteira, filha de trabalhadores braçais, ter formado uma filha médica e conseguido 10.768 votos para me tornar a primeira prefeita eleita da história da minha cidade”, rebateu.
Em março deste ano, a Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul) publicou uma nota de repúdio referente aos ataques e ameaças sofridas pela prefeita.
“Por essas razões, a ASSOMASUL repudia veementemente toda e qualquer conduta que se destine a cercear o pleno exercício dos direitos fundamentais à mulher, especialmente àqueles que visem o constrangimento do exercício de suas atribuições públicas e o cumprimento de seus deveres institucionais”, diz trecho da nota.
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