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Operação João Romão: um ano após operação do Gaeco, grupo de André Patrola é alvo da Polícia Federal

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A Polícia Federal, em ação conjunta com a Controladoria Geral da União, deflagrou nesta  quarta-feira, 03 de julho, a Operação João Romão, que investiga crimes licitatórios e de corrupção que estariam sendo praticados na Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos da Prefeitura Corumbá.

Cinquenta e dois policiais federais foram mobilizados para o cumprimento de 14 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Eleitoral em Corumbá e Campo Grande.

De acordo com a PF, a investigação, que se iniciou em 2021, mostrou que o atual secretário municipal, Ricardo Ametlla, teria criado uma empresa que acabou vencendo diversos procedimentos licitatórios da pasta sob sua reponsabilidade. Os valores dessas obras ultrapassam R$ 12 milhões. 

Ainda durante as investigações, a PF apurou indícios de irregularidades que teriam permitido a empresa suspeita ter capacidade financeira e técnica para participar dos certames licitatórios que venceu.

Além de Ametlla, foram alvos da operação, servidores comissionados e efetivos envolvidos nas autorizações e fiscalizações das obras executadas, além de pessoas responsáveis pelas empresas.

O nome da operação, João Romão, é um personagem da obra O Cortiço, um comerciante avarento, ávido por dinheiro e que ganhava às custas de pessoas pobres, para quem alugava os cortiços.

A Delegacia da Polícia Federal em Corumbá mantém canal de denúncias anônimas através do e-mail uip.cra.ms@pf.gov.br e do telefone 67 99137-6782. Caso saiba de informações sobre este ou outros casos de competência da PF, entre em contato.

Prefeitura

Procurada pela reportagem, a Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Corumbá informou que ainda está buscando informações sobre a investigação para se manifestar e que o expediente segue normalmente no Paço Municipal, localizado no bairro Dom Bosco. 

Informações Diário Corumbaense.

Caso Patrola

Na mira do Gaeco, André Patrola é o sucessor de Amorim, apontou Polícia Federal.

André Luiz dos Santos, conhecido como Patrola, foi considerado pela Polícia Federal como o sucessor do empreiteiro João Krampe Amorim, pivô da Operação Lama Asfáltica, em uma possível ascensão do Clã Trad ao poder. A informação é de 2015, no auge das consequências contra os alvos federais.

Em 2023, Patrola voltou a ser alvo de operações, desta vez a ‘Cacalho de Areia’ do Gaeco, que investiga supostas fraudes em contratos no valor de R$ 300 milhões na Prefeitura de Campo Grande.

As investigações começaram em 2017. E fica o questionamento, a Polícia Federal acertou em afirmar que Patrola se tornaria o novo Amorim?

André Patrola já se relacionava com o então ‘rei’ das obras públicas em Mato Grosso do Sul, mas se referia a João Amorim de formas pejorativas como “cara do Extra” e “bandido”, entre outros nomes.

Conforme o relatório da PF, sobre Patrola, “a maior parte de suas ligações parece refletir falcatruas e conchavos políticos. Declaradamente participa de esquemas fraudulentos, principalmente em Corumbá/MS”.

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