Bomba: PCC decide comprar usinas de etanol
O crime organizado está investimento no mercado de combustíveis do Brasil e alcança novos patamares, com facções como o PCC, Comando Vermelho e Comando do Norte se infiltrando em toda a cadeia produtiva, desde postos de gasolina até usinas de etanol. Segundo informações do Instituto Combustível Legal (ICL), essa expansão não se limita a casos isolados, mas representa uma estrutura organizada que visa maximizar lucros ilícitos.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, recentemente alertou sobre a gravidade da situação durante uma agenda internacional em Nova York. Ele destacou que o PCC, sozinho, controla cerca de 1.100 postos de combustíveis em todo o país, manipulando desde a compra de matéria-prima até a venda final ao consumidor.
Impacto Financeiro
A principal preocupação das autoridades é o impacto financeiro dessa infiltração criminosa. Estima-se que a sonegação de impostos no setor de combustíveis gere um prejuízo anual de até R$ 14 bilhões aos cofres públicos. Além disso, fraudes e adulterações nas vendas adicionam outros R$ 19 bilhões ao desfalque nacional.
Um especialista do setor ressaltou que a facilidade de lavagem de dinheiro no mercado de combustíveis atrai as facções criminosas, que utilizam laranjas e esquemas fraudulentos para mascarar suas operações ilegais. Isso cria um ambiente desleal para empresários honestos, incapazes de competir com preços distorcidos por práticas ilícitas.
Facções atingem todo o território nacional
A atuação das facções não se restringe a estados específicos, abrangendo praticamente todo o território nacional, do Rio de Janeiro à região Centro-Oeste, como Goiás e Mato Grosso. Minas Gerais, embora não esteja sob investigação específica pelo Ministério Público, também enfrenta desafios no Triângulo Mineiro e região Sul.
Apesar dos esforços do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que tem iniciativas em andamento para combater o crime organizado em colaboração com a ANP, a complexidade das investigações é ampliada pela base operacional do PCC na Bolívia. Esta conexão internacional dificulta a obtenção de dados cruciais para desmantelar as operações criminosas dentro do país.
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