Barbárie: Conselheiro tutelar denuncia ‘cultura do estupro’ em Marajó
O Diário do Poder teve acesso a um documento sigiloso que descreve a denúncia feita por uma missionária ao Ministério Público do Estado do Pará descrevendo casos de exploração sexual, cemitério clandestino e compartilhamento de pornografia infantil que ocorre no arquipelágo do Pará, a Ilha de Marajó.
Segundo o documento protocolado no dia 22 de fevereiro de 2024 pela promotora de Justiça Paula Suely de Araujo Alves Camacho, o Ministério Público recebeu a denúncia da missionária que atua em um abrigo de Portel e relatou ao menos dois casos de extrema gravidade.
A missionária relata que durante missões no interior da Ilha de Marajó tomou conhecimento de um caso de tráfico de crianças e adolescentes e que em algumas comunidades identificou que existem aliciadores de países estrangeiros que fornecem internet, via Starlink, para a produção de pornografia infantil. Ainda na denúncia, a missionária informa que existe um vídeo, em posse da Polícia Federal, que mostra um cemitério clandestino.
Em resposta à denúncia, o Ministério Público estabeleceu o prazo de cinco dias corridos contando com a data que foi feita a denúncia para apresentação de provas.