BNDES do governo do PT bancou jatinho da Taurus Petróleo, alvo do GAECO
A empresa Taurus distribuidora de combustível alvo do GAECO nesta terça-feira (12) contou com o apoio do BNDES do governo Dilma Rousseff do PT. Para ser comprada pela empresa de Mato Grosso do Sul do modelo, Phenon 100. Adquirido em 2013, este jatinho custou um pouco menos, R$ 4 milhões, mas teve uma taxa de juros ainda mais generosa: 3,5% ao ano. A empresa pertence a Jorge Luiz Zenatti.
A Empresa fornece sistema para gestores públicos, que são suspeitos de fraudes com o uso de tecnologia
A investigação que levou o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) a cumprir mandados em quatro cidades, Ribas do Rio Pardo, São Gabriel do Oeste, Dourados e Campo Grande é relacionada ao uso fraudulento do sistema de gestão de frota Taurus Card. Funciona com um cartão com créditos para abastecimento de combustível.
A suspeita é de desvio de recurso público usando essa modalidade de contrato. Um das suspeitas apuradas pela reportagem é que pessoas que nada tem a ver com o Poder Público tenham sido autorizadas a abaster ou ainda que o crédito em combustível tenha virado dinheiro vivo.
O Taurus Card é um produto da empresa SH Informática, oficialmente em nome da esposa de um dos sócios da Taurus. Um dos locais de busca foi a sede dessa empresa, na BR-163, em Dourados. É ali que fica toda a administração tanto da distribuidora de combustível quando da empresa de gerenciamento de cartões de abastecimento de combustível.
MPE investiga Taurus desde o Governo Zeca do PT. ACOMPANHE:
O Ministério Público Estadual abriu no inicio deste mês um inquérito civil para investigar suposto ato de improbidade administrativa envolvendo a Secretaria de Estado de Educação, na gestão do governador Zeca do PT, e a Taurus Distribuidora de petróleo, que assinaram contrato no início de 2006 para fornecimento de combustível que atenderia o transporte escolar em todo o estado, no valor de R$ 26,5 milhões. A apuração envolve desde a abertura do processo de licitação até a execução do contrato, onde os repasses dos municípios efetuarem pagamento de combustíveis foram substituídos por um cartão de abastecimento. Outro ponto das apurações também questiona a aquisição de gasolina quando, na verdade, os veículos de transporte escolar rodam usando óleo diesel. As investigações estão sob responsabilidade da promotora Filomena Aparecida Depolito Fluminhan, da 30ª Promotoria da Capital.
O processo licitatório foi questionado por três vezes no âmbito da própria Secretaria de Educação, por meio de auditorias internas, devido ao não detalhamento da demanda a ser atendida de estudantes, veículos e quilômetros rodados, e pela cotação do preço a que o estado aceitaria pagar. Neste Caso, a auditoria considerou o procedimento prejudicado por um motivo simples: as três empresas consultadas operavam sob a mesma bandeira – a Taurus. Uma delas, aliás, era a própria distribuidora, e as restantes se tratavam de postos de cidadania de Ponta Porã e Aquidauana.
“As três cotações apresentadas no mapa comparativo de preço e utilizadas para formação de reserva orçamentária referem-se ao combustível da mesma marca, Taurus. Desta forma, ficou prejudicada a análise da compatibilidade do preço ofertado pela empresa com o preço praticado no mercado”, apontou o relatório de auditoria expedido em 17 de janeiro de 2006. Como justificativa para o fato, a Coordenadoria de Administração da Secretaria informou que as empresas tinham inscrições distintas e foram as únicas a se interessarem pelo pregão. Mais a frente, em 31 de janeiro, com contrato firmado e a primeira nota de empenho paga a Taurus (no valor de R$ 1,8 milhão), a auditoria atentou para a ausência de certidão negativa emitida pela Superintendência de Defesa ao Consumidor (Procon – MS) em favor da distribuidora de combustíveis.
A informação de que a Taurus centralizaria a distribuição de combustível para o trasnporte escolar chamou a atenção da Seccional de Mato Grosso do Sul da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MS), que à época acionou a PGR.
