Lula toma atitude absurda e põe fim na relação com Agro
Se algum parlamentar da base do governo ainda tinha esperança de uma futura aproximação com a FPA (frente parlamentar do agronegócio) na Câmara, essa ponte foi queimada. O comparecimento do presidente Lula, do vice Alckmin e de diversos ministros a feira Nacional da ‘gangue’ do MST enviou um recado claro para todos os produtores rurais do Brasil. O governo federal vê os empresários rurais – que são a coluna dorsal da economia brasileira – como inimigos. O deputado Evair de Melo (PP-ES) vice-presidente da frente foi bem claro: “o governo arrancou a ponte com o Agro, não tem mais diálogo. É a fotografia que nós precisávamos para poder provar o envolvimento do governo com o MST, nessas invasões de terra”. Aliás, Geraldo Alckmin, ministro da Indústria e Comércio, nem teria necessidade de estar presente, mas entre respeitar o produtor rural paulista, que sempre o apoiou em diversas eleições ou agradar o presidente Lula, ele optou em fazer média com o ‘chefe’, decepcionando milhões de eleitores que não esperavam esse tipo de comportamento do ex-governador de SP.
Além de Alckmin o ministro da Fazenda Fernando Haddad, o ministro do Trabalho Luiz Marinho e o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira se fizeram presentes. Foi uma demonstração inequívoca e gratuita de apoio ao ‘movimento’ que sempre fez história invadindo, saqueando e depredando propriedades rurais fossem elas produtivas, improdutivas ou voltadas para pesquisa. O aceno do governo Federal irritou até deputados da base como Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), um dos líderes da frente da agropecuária na Câmara: “O governo dá sinais absolutamente contraditórios e tem vivido uma certa esquizofrenia com o Agro. Dá uma no cravo e outra na ferradura, mas vai ter que se definir”, alertou Jardim. O ministro da agricultura Carlos Fávaro ainda tenta se equilibrar no cargo e prometeu um aporte de 200 milhões de reais para reforçar o plano Safra/23 mas isso tem pouco efeito enquanto Lula faz discursos na Bahia novamente vinculando de forma irresponsável, o Agro ao Fascismo.
Informações Jornal da CIdade