Apelo de Mandetta uniu bancos privados para importar 5 milhões de testes do Covid-19
O ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta revelou ontem (28) que foi atendido em seu apelo para que os três maiores bancos privados do Brasil – Bradesco, Itaú e Santander – atuassem em uma iniciativa inédita para unir esforços para apoiar as autoridades de saúde no combate à propagação da Covid-19 no país. As instituições assumiram a responsabilidade de importar 5 milhões de testes rápidos de detecção da doença, além de equipamentos médicos, como tomógrafos e respiradores, observando as orientações do Ministério da Saúde e a disponibilidade no mercado.
A doação tem como objetivo apoiar os esforços de profissionais de saúde neste momento desafiador na luta contra a disseminação do novo coronavírus, quando, de acordo com especialistas, a testagem em massa da parcela da população com suspeita de contágio será decisiva para a superação da crise. Da mesma forma, os tomógrafos permitem identificar a gravidade dos casos e os respiradores salvam as vidas dos doentes com complicações pulmonares.
A decisão de iniciar a ação conjunta foi tomada na quarta-feira pelos presidentes dos três bancos – Octavio de Lazari Jr., do Bradesco; Candido Bracher, do Itaú; e Sérgio Rial, do Santander Brasil –, que conversaram sobre a melhor maneira de contribuir para mitigar os efeitos da pandemia.
A primeira medida prática foi a formação de uma força-tarefa, composta por profissionais de cada uma das instituições, que definiu, sob orientação do Ministério a Saúde, a logística mais eficiente para a importação dos kits de testagem e dos equipamentos.
União rápida e simples
Segundo o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, a união entre os bancos foi rápida e simples, pois todos defenderam a ideia de uma resposta efetiva e conjunta de forma simultânea. “Este é um momento difícil e desafiador, de escolhas complexas. Por essa razão, a união de esforços é o caminho viável para a superação desse ciclo de dificuldades. É isso o que representa a doação conjunta que estamos fazendo, um gesto de efeitos práticos para o combate do novo coronavírus, cuja relevância maior é o seu significado de que juntos somos mais fortes que qualquer crise, seja a da pandemia ou a dos efeitos econômicos dela resultantes”, afirmou Lazari.
Candido Bracher observa que o momento por que passa o mundo exige a solidariedade das pessoas e das empresas.
“A gravidade da crise demanda que não apenas o governo, mas também a sociedade civil, atue de forma rápida e efetiva para combater a covid-19. Desta forma, decidimos ir além de nossas iniciativas individuais que já estão sendo conduzidas separadamente pelos três bancos – no nosso caso, doação já anunciada por meio da Fundação Itaú para Educação e Cultura e Instituto Unibanco –, e unimos esforços para contribuir ainda mais. Proteger e apoiar as pessoas, principalmente as mais vulneráveis, é a prioridade de todos nós neste momento tão delicado”, afirmou Bracher.
Sérgio Rial ressalta a importância de unir esforços nesse momento: “Este é um momento excepcional, que exige sacrifícios e também ações propositivas, capazes de fazer diferença para toda a sociedade. É o que se espera de nós, instituições financeiras, e é o que queremos entregar ao somar os esforços dos maiores bancos privados do País”, conclui Sérgio Rial, presidente do Santander Brasil.
“Um apoio em larga escala ao trabalho de nossos profissionais de saúde e aos pacientes vai muito além de tudo o que podemos fazer individualmente, e se soma às iniciativas setoriais, que visam a manter o fôlego financeiro de negócios e pessoas durante este período mais crítico de combate à pandemia”, concluiu.