BrasilCampo grandePolítica

O bacon queimou: Trutis paga R$ 14 mil de salário à companheira com dinheiro público

Compartilhar

O deputado Loester de Souza (PSL-MS), o Trutis, mantém a companheira Raquelle Lisboa Alves empregada em seu gabinete, mesmo após a relação ter se tornado pública. O caso, que envolve dinheiro público, foi denunciado em primeira mão pelo Grupo G7 em março deste ano. O salário da moça, em junho, foi de R$ 14.485,18.

Advogada, Raquelle foi nomeada assessora parlamentar em 22 de fevereiro de 2019 para trabalhar no gabinete em Brasília. Desde então, foi promovida várias vezes e de quebra passou a ter um caso amoroso com Trutis, que era casado.

Além disso, deixou Brasília e passou a morar em Campo Grande, onde pretende seguir carreira política, elegendo-se primeiramente vereadora nas próximas eleições.

Nas redes sociais, Raquelle se apresenta como “instrumento para esclarecer mulheres sobre o direito à vida, à legítima defesa e à proteção da família” e defensora de valores, como Deus, pátria, vida, propriedade e liberdade.

Descreve-se como “incentivadora do conservadorismo, impulsionando mulheres e encorajando-as a desenvolver liderança e obter conhecimento”.

Nas redes sociais, Raquelle é uma mulher que se diz preocupada com a união da família

O MS em Brasília, portal que publicou a denuncia em primeira mão, recebeu várias informações sobre o caso e só decidiu publicar parte delas porque envolve uso de dinheiro público no pagamento do salário da assessora que passou a ser companheira estável do parlamentar. Detalhes que não interessam à sociedade foram evitados para não expor a ex-esposa e os três filhos.

O site confirmou, por exemplo, informação de que o deputado se mudou para a casa da mãe, em Campo Grande, e levou a assessora junto. Antes de se mudar com a nova companheira, Loester reformou o futuro lar, reforçando a união estável com Raquelle.

Em nova informação confirmada pelo MS em Brasília, Trutis teria tirado o carro da ex-esposa e entregado à companheira. Isso porque os salários dele e da servidora comissionada, somados, se aproximam de R$ 50 mil, suficientes para comprar um carro popular 0km por mês.

A mãe de seus filhos, que é funcionária pública estadual concursada, tem sido vista ir trabalhar de bicicleta, mesmo em dia de chuva, o que despertou a atenção de colegas de trabalho e familiares. “Não é mero esporte e sim necessidade”, diz pessoa próxima.

Ilegalidade

Ao manter a companheira em seu gabinete, o deputado comete crime de improbidade administrativa por não observar o interesse público, caracterizando desvio de finalidade e ofensa aos princípios constitucionais da impessoalidade e da moralidade.

Em abril de 2019, em caso parecido, o senador Marcos Do Val (Cidadania-ES) exonerou a advogada Brunella Poltronieri Miguez por quem, segundo ele, teria se apaixonado. O namoro foi divulgado pelo site Metrópoles, de Brasília.

A mulher, contudo, não ficou muito tempo desempregada. Dias depois, ganhou cargo na Diretoria-Geral do Senado, com salário de R$ 10.805. Em parecer de 14 páginas, a Consultoria Jurídica da Casa concluiu, à época, que “namoro não é parentesco”.

No caso do deputado Loester de Souza, a relação com a assessora Raquelle deixou de ser namoro e teria se tornado união estável, “morando na mesma casa e dormindo na mesma cama”, conforme fatos narrados ao MS em Brasília por pessoas próximas a Trutis e à ex-esposa.

Fonte: MS em Brasília

Compartilhar

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *