Vereador Tiago Vargas denuncia Marcos Pollon presidente do PL (MS) de transformar o partido em “clubinho de amigos”
Tiago Henrique Vargas ex-policial civil foi o vereador mais votado para o mandato de 2021 a 2024. Formado em História pela Uniasselvi. Ele é filho de Mercedes Vargas “in memoriam”, empregada doméstica, e desde que nasceu mora no Bairro Los Angeles. Apoiador da Direita e do ex presidente Bolsonaro, vereador não foi aceito no PL e fez criticas ao presidente da legenda deputado Federal, Marcos Pollon. Tiago chamou o PL de “clubinho de amigos”, disse não acreditar mais na intenção da Direita de MS . As criticas do vereador foram feitas na sessão ordinária de terça feira dia 2 de Abril.
Marcos Pollon
O deputado após assumir a presidência do PL, colocou a esposa Naiane Bittencourt Pollon como a presidente regional do PL Mulher e o irmão, Gabriel Pollon, como o presidente do partido em Campo Grande que foi substituído pelo amigo Portela e a filha Ana Cláudia Portela como presidente do PL mulher em Campo Grande. Já o amigo Rafael Tavares “gurizão” foi indicado por Pollon para ser o seu candidato na disputa pela prefeitura de Campo Grande.
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Portela
“Abin paralela de Bolsonaro”
Em reunião no Palácio do Planalto, a 22 de abril de 2020, Bolsonaro confirmou a seus ministros que mantinha o serviço próprio de informações e desdenhou do trabalho da ABIN, da Polícia Federal e dos centros de inteligência das Forças Armadas. “Sistemas de informações: o meu funciona. O meu, particular, funciona”, disse. “Prefiro não ter informação do que ser desinformado por sistema de informações que eu tenho.”
Era comum o presidente encaminhar parte dessas denúncias filtradas a aliados ou mesmo publicar em suas redes socais, sem checagem. Vez ou outra ele apaga a postagem e pede desculpas. A maioria chega à Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Um integrante do órgão afirmou ao Estadão que as denúncias repassadas, muitas sem fundamento, sobrecarregam o sistema de informações.
Ainda de madrugada, Bolsonaro costuma selecionar informações recebidas no WhatsApp entre aquelas que precisam ser “checadas” por seus assessores ou “cobradas” às respectivas áreas. O presidente costuma encaminhar as mensagens diretamente para ministros e auxiliares.
Numa entrevista na portaria do Palácio da Alvorada, Bolsonaro disse que soube, por meio de seus informantes, amigos policiais civis e militares no Rio, que algo estava “sendo armado” contra ele e sua família. Afirmou ter sido avisado com antecedência da possibilidade de busca e apreensão nas casas de filhos dele e da “plantação” de provas contra a família, o que não se concretizou. Neste caso, atribuiu a ofensiva ao adversário e governador do Rio, Wilson Witzel (PSC).
Ao ser questionado sobre o sistema próprio de informação, Bolsonaro já afirmou em entrevista: “É um colega de vocês da imprensa que com certeza eu tenho, é um sargento no batalhão de operações especiais no Rio, um capitão do Exército de um grupo de artilharia em Nioaque, um policial civil em Manaus. É um amigo que eu fiz em um determinado local faz anos, que liga pra mim e mantém contato pelo zap”, relatou. “Descubro muitas coisas, que lamentavelmente não descubro via inteligência oficial, que é a PF, a Marinha, a Aeronáutica e a Abin.”
Um dos participantes do serviço de informações paralelo referidos pelo presidente é Aparecido Andrade Portela. Militar reformado do Exército, ele conheceu Bolsonaro nos anos 1970 em Nioaque, Mato Grosso do Sul, quando serviram juntos. Ele costuma transmitir ao presidente informações políticas locais e a situação na fronteira.
Numa operação da Polícia Federal de busca e apreensão no Palácio das Laranjeiras, residência do governador, na madrugada de 26 de maio, Waldir estava na calçada em frente para repassar informações ao presidente, revelou a revista Veja. Com 2,4 mil contatos no WhatsApp, ele disse ao Estadão que recebe mais de 1.000 mensagens por dia, entre denúncias, críticas e apoios. Após uma filtragem, dez a 15 são repassadas a Bolsonaro.
A rede de informantes cresceu vertiginosamente na última eleição, mas antes já tinha ajudado a eleger Bolsonaro e seus filhos a cargos no Legislativo. A capilaridade da rede de Bolsonaro lhe permite, inclusive, que ele receba informações muito semelhantes às que chegavam às mesas dos governadores oposicionistas do Rio, Wilson Witzel, e de São Paulo, João Doria, de suas respectivas seções de inteligência das polícias, as P-2.
Foi por meio da rede no WhatsApp que a família Bolsonaro recebeu um vídeo da autópsia do corpo do ex-agente do BOPE Adriano Magalhães da Nóbrega, ligado a milícias, morto, em fevereiro, num cerco da polícia no interior da Bahia. A imagem foi divulgada no Twitter pelo senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente, que já condecorou o ex-policial. O parlamentar que acusou a polícia baiana de torturar Nóbrega antes da execução. Aparentemente surpreendido, o secretário de Segurança Pública da Bahia, Maurício Barbosa, chegou a dizer que o vídeo não foi feito dentro do IML, onde havia uma equipe reduzida. Mas não explicou a origem da imagem.
Informações Estadão.